A assimetria de gênero, herança do patriarcado, ainda se manifesta nos dias de hoje e se evidencia nas diversas formas de violência contra a mulher. A discussão, transversal ao currículo formal, ganha relevo em face dos discursos e práticas misóginas que imperam na sociedade em geral. O artigo objetiva discutir limites e possibilidades para a formação criativa de docentes no combate a essa problemática, a partir das falas de professoras participantes de uma pesquisa, cujo foco foi a análise da aplicabilidade de um material didático para as aulas de Espanhol, fundamentado na teoria do desengajamento moral, de Albert Bandura. Defende-se que a discussão do tema pode ser viabilizada por experiências criativas que potencializem a sensibilidade de professores e alunos sobre valores culturais e padrões morais. Os resultados indicam contribuições do lúdico como metodologia de trabalho e a necessidade da formação crítica dos docentes para lidar com temas de urgência social.

Palavras-chave: Criatividade. Formação de professores. Violência contra a mulher. Desengajamento moral. Material didático.