Exu, a infância e o tempo: Zonas de Emergência de Infância (ZEI)
Renato Noguera, Luciana Pires Alves
Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar os subsídios filosóficos de sustentação das Zonas de Emergência de Infância (ZEI). A partir de interpretações afroperspectivistas sobre cosmopaladar iorubá através dos orixás Exu e Iroco tomados como heterônimos da infância e do tempo, sustentamos que a infância é um modo de viver através das receitas da culinária da brincadeira e da narrativa. Recorremos a Exu e a Iroco, não como metáforas para imaginar outros tempos e outras criações, mas como alegorias ou chaves de leituras que nos permitam, ao abordar ao universo simbólico iorubá, produzir limiares para o pensamento e para a imaginação que se encontram muitas vezes travados ou limitados pelo modo adulto (adulterado) de viver. Narrar e brincar aparecem como linhas de força que fazem emergir a ZEI, como comunidade lúdica e temporária de retomada do estado de infância e devir-criança.
Palavras-Chave: Exu. Infância. Tempo. Zonas de Emergência de Infância (ZEI).
Palavras-Chave: Exu. Infância. Tempo. Zonas de Emergência de Infância (ZEI).
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Revista Educação e Cultura Contemporânea 2004-2019 | Universidade Estácio de Sá
ISSN online: 2238-1279