O presente trabalho analisa o processo de escolarização de crianças negras em Vassouras no período compreendido entre 1871-1910. Utilizamos, como fio condutor, a Carta da Comissão de Libertos de Paty de Alferes para Rui Barbosa. Na diáspora, os povos africanos trouxeram educacionais. Esses chamaram menos a atenção dos pesquisadores, sobretudo dos historiadores, que até bem pouco tempo, não tomavam a Educação como objeto de pesquisa relegando-a ao porão. Se os processos educacionais dos povos ditos civilizados despertavam pouca atenção, quiçá dos escravizados. O levante analisado ocorreu por meio da escrita, o que deixou a História da Educação surpresa, pois anos a fio repetiu a velha canção, de que a leitura e escrita eram coisas de gente civilizada. Usamos as lentes teórico-metodológicas de Elias e Scotson (2000). Como resultado, sinalizamos que os velhos africanos realizaram um levante dos Outsiders, reivindicando escolas para as crianças, filhas de mães escravizadas.

Palavras-chave: Crianças Negras. Processo de Escolarização. Vassouras.