As representações sociais de autonomia e autonomia docente e suas relações de encaixe
Viviane de Bona, Elisângela Bastos de Melo Espíndola, Lícia de Souza Leão Maia
Resumo
Resgatando alguns dos sentidos que o termo autonomia assumiu nas discussões do campo educacional, o trabalho traz elementos do conhecimento científico a partir das abordagens de Piaget (1994), Freire (2002) e Contreras (2002), que contribuem para a formação das representações sociais dos professores/as, entendendo que há um intercâmbio entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico. Tomando como referência teórico-metodológica a abordagem estrutural, teve-se por objetivo analisar as representações sociais de autonomia e autonomia docente compartilhadas por professores/as do estado de Pernambuco. Os dados foram coletados por meio de teste de associação livre de palavras, aplicado junto a 421 docentes. Realizou-se a análise do conteúdo e da estrutura das representações apreendidas. Iniciou-se pela categorização dos dados e posteriormente, com auxílio do software Evoc, foram encontrados os elementos nucleares, bem como realizada a comparação da estrutura das referidas representações em busca das relações existentes. A categorização do campo semântico de autonomia e autonomia docente nos mostrou que o conteúdo dessas representações sociais é composto por elementos provenientes da moral, do social, do intelectual, do afetivo e do profissional. A análise comparativa das estruturas evidenciou aquilo que Abric (2003) chama de representações encaixadas (enclosed representations), existindo entre elas uma relação de encaixe. Mantendo entre si uma relação de hierarquia e de dependência. Com efeito, a representação social de autonomia docente é dependente da representação social de autonomia.
Texto Completo: DOI10.5935/2238-1279.20170045PDF

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Revista Educação e Cultura Contemporânea 2004-2019 | Universidade Estácio de Sá
ISSN online: 2238-1279