O texto parte de uma leitura crítica sobre as produções da historiografia da educação, para discutir as chagas do racismo na conjuntura educacional brasileira a partir de uma revisão da literatura, tendo como focos de análise o período do processo de abolição do trabalho escravo e suas ressonâncias, bem como as vicissitudes das transformações de sentido do preconceito na conjuntura pós-colonial. Neste ínterim, compreendemos que o acesso deste contingente ao sistema educacional não pode ser caracterizado como um processo de inclusão, mas como um sistema de incursões. A partir destes parâmetros concluímos que a prática discriminatória ainda persiste no âmbito educacional, consolidando um quadro alarmantemente racista, embora ao longo dos tempos, o conteúdo e função do preconceito se transformem, acompanhando as mudanças históricas.