O estudo consiste na análise documental, bibliográfica e estatística do desmatamento na Amazônia fazendo relação com o novo coronavírus. É possível afirmar que a Amazônia se encontra sob uma dupla epidemia: uma decorrente do surgimento do coronavírus, que se dissemina nas cidades e localidades rurais, aldeias indígenas e quilombolas com maior violência, em razão das faltas de políticas públicas em oferecer infraestrutura e medicamento para os povos ribeirinhos e tradicionais, além da dificuldade de acesso face à logística da região; e a outra, decorrente do desmatamento. A hipótese apresentada consiste na intrínseca relação entre a proliferação do coronavírus e o aumento dos índices de desmatamento na região amazônica. O resultado da pesquisa, segundo textos e estatísticas, consiste na preocupante constatação: a Amazônia encontra-se sob uma dupla epidemia. A opção metodológica envolve uma pesquisa descritiva e de revisão sistemática da literatura, realizada por meio de pesquisa bibliográfica, documental e estatística, com análise dos instrumentos jurídicos, textos normativos, doutrina, jurisprudência e da literatura já publicada em forma de livros, revistas, artigos, publicações avulsas, publicações especializadas, imprensa escrita e dados oficiais publicados na Internet, que abordem direta ou indiretamente o tema em análise. Os estudos mostram que o desmatamento tropical pode fornecer requisitos para novas doenças respiratórias em decorrência do elevado número de queimadas, o que pode levar a um aumento significativo dessas doenças em época de pandemia, devendo-se observar se há uma intrínseca relação entre o desmatamento e o avanço do coronavírus, especialmente no período de verão amazônico.