A emancipação feminina no Iluminismo: um diálogo crítico entre Wollstonecraft e Rousseau. - DOI 10.5935/2448-0517.20190066
Oswaldo Pereira de Lima Junior, Luana Cristina da Silva Dantas
Resumo
O presente artigo tem por finalidade contextualizar a obra de Mary Wollstonecraft, em especial a “Reivindicação dos Direitos da Mulher”, escrita em 1792, com o convencional pensamento iluminista de seu tempo, tomando como ponto de referência a exclusão ou o tratamento diferenciado da mulher percebida em certas passagens de “Emilio ou da Educação” de Jean-Jacques Rousseau. Explora, ainda, alguns outros “luminares” da época, como Charles-Maurice e Immanuel Kant, bem como outra “protofeminista” de seu tempo, Olympe de Gouges, despontando a conclusão de que a obra de Rousseau alija a mulher em três escolhidos aspectos: a educação, a pessoalização e a cidadania. A pesquisa se fez por intermédio do método qualitativo, procedendo-se a análise compreensiva do tempo e das ideias dos autores, imiscuindo-se na bibliografia escolhida da autora e de seu contraposto, refazendo as percepções de ambos os autores sobre a Declaração em função do Homem e da Mulher, com o fito de demonstrar que há diferença de tratamento entre ambos os sexos sem que haja, contudo, justificativa ética ou filosófica. O estudo teve por mote, portanto, constituir recortada análise e observação das obras citadas intencionando compreender e reconstituir determinados fatos sociais presentes na discussão entre Wollstonecraft e Rousseau para compreender a presença de uma agenda progressiva nas ideias da autora e, na medida do possível, fazer um breve cotejo de suas palavras com os percalços que a mulher ainda enfrenta na sociedade contemporânea, especialmente quanto à sua educação, à conquista da cidadania e sua completa pessoalização.
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