Os estudos de hospitalidade estão centrados nos problemas causados pelas migrações de populações em busca de condições mais adequadas de vida e de trabalho, nas migrações turísticas, que se acentuaram desde a década de 1950, bem como na perda de calor humano no cotidiano das cidades. Dessa forma, os estudos giram em torno do contato presencial. A hospitalidade virtual é ainda um campo de estudo pouco explorado. Esta comunicação consiste em recorte de pesquisa, na qual se pretende discutir quais as características peculiares da hospitalidade que acontece virtualmente em relação à presencial. O objetivo é efetuar uma revisão teórica dessa discussão, com base nos principais autores que de alguma forma estabeleceram reflexões que possam trazer luzes sobre o tema, autores esses das áreas de hospitalidade, comunicação, modernidade e netiqueta. Essa revisão deverá permitir identificar estudos semelhantes; examinar metodologias; conhecer pesquisadores importantes; obter fontes e informações úteis; evitar pesquisas em duplicidade; fazer comparações; e apontar novos pontos de vista ou ideias.  Sob a perspectiva metodológica, buscou-se agregar as contribuições escolhidas em quatro categorias correntes no estudo de hospitalidade: relação interpessoal, virtude, rito e troca. Os resultados mostram que na passagem do contato presencial para o ambiente virtual há sobretudo perdas, que a ausência do presencial prejudica significativamente as dimensões de virtude, rito e troca. Tudo se passa como se a ausência de corporeidade na relação atenue as responsabilidades quanto a essas três categorias. Mas, a virtualidade aponta também para um cenário em que a maior participação de atores interfere nas relações de poder na sociedade.